sexta-feira, 20 de abril de 2012

TAEKWONDO NEWS - BRASIL RICO 2 X AFEGANISTÃO DESTRUIDO PELA GUERRA E POBRE 2

Em um país marcado por guerras, pelo terror do Taliban e nos últimos lugares do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo – ocupa somente a 172 posição entre 187 nações –, dois lutadores de taekwondo tentam dar à sofrida população local momentos de alegria e esperança.

Nesar Bahawi e Rohullah Nikpai são até agora os dois únicos representantes da nação asiática garantidos na Olimpíada de Londres, que começa daqui a 99 dias.Apesar da quase nula tradição esportiva afegã, ambos vão ao Reino Unido com chances reais de conquistar medalhas. E, caso ambos subam ao pódio na capital britânica, não será surpresa alguma.

Bahawi, de 27 anos, foi o primeiro atleta do país a medalhar em uma competição internacional em qualquer modalidade. No Mundial de Taekwondo de Pequim-07, foi prata na categoria até 72kg.Um ano mais tarde, também na capital chinesa, Nikpai – à época com 21 anos – transformou-se em um herói nacional ao colocar o Afeganistão pela primeira vez em um pódio olímpico em 12 participações. Na categoria até 58kg, ficou com a medalha de bronze.Na volta ao Afeganistão, nas duas oportunidades, carreatas foram feitas pelas ruas do país e os atletas foram recebidos em uma sessão solene pelo presidente Hamid Karzai.

O mais impressionante é que os feitos dos lutadores foram obtidos em condições de treinamentos que em nada lembram as das grandes potências da modalidade, como Coreia do Sul, México e Estados Unidos.Bahawi e Nikpai treinam em um centro da Federação Afegã de Taekwondo localizado em Cabul, tida como uma das capitais mais violentas do mundo e que ocupou as manchetes dos jornais logo após o ataques as Torres Gêmeas de Nova York, em setembro de 2001. Foi lá que teve início a caçada a Osama Bin Laden, morto dez anos depois em uma casa no interior do Paquistão.

Nós nem temos equipamentos básicos para os treinos. Sem contar que nenhum lugar em nosso país é seguro. Todos os dias temos tiroteios, bombardeios e ataques suicidas. Estou acostumado – disse Bahawi, porta-bandeira afegão na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Os treinos são quase que na totalidade ministrados por Mirwais Bahawi. Alem do cargo de técnico, o irmão mais velho de Nesar é um dos dirigentes da Federação Afegã.Mesmo sabendo da existência de outros locais com melhores condições de treinos, nem Nesar nem Rohullah pensam em deixar o país onde nasceram, foram criados e lapidados para o taekwondo.

Quero conquistar mais uma medalha olímpica para ajudar a trazer paz para o meu país. As condições aqui não são boas mesmo, mas eu amo o meu país – disse Nikpai.

País iguala Brasil em número de lutadores



Apesar das dificuldades, o Afeganistão está enviando a Londres o mesmo número de lutadores de taekwondo que o Brasil, sendo que aqui a modalidade conta com verbas do Programa Esporte e Cidadania, da Petrobras, recursos provenientes da Lei Agnelo/Piva (aproximadamente R$ 3,5 milhões de 2009 a 2011) e um Centro de Treinamento exclusivo, localizado dentro do Complexo Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.

Em Londres, a equipe brasileira contará com Natália Falavigna e Diogo Silva – cada país pode mandar, no máximo, quatro atletas.Existe ainda a possibilidade de Márcio Wenceslau viajar para Londres. Um processo do COB pedindo a vaga ao atleta ainda corre na Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Em Pequim-2008, o Brasil contou com três representantes. Natália Falavigna conseguiu conquistar a medalha de bronze.– Estamos enviando um número bom de atletas. É melhor mandar dois com chances de medalhas do que levarmos uma delegação grande, mas mais fraca. Tenho a convicção de que tanto o Diogo quanto a Natalia vão trazer medalhas de Londres – afirmou o presidente da END ao L!.

Comentarios da materia:

Sem palavras para descrever essa situação um pais castigado por varias guerras e sem nenhum apoio e o nosso que recebe uma baita grana, será que os pobre é que são bons ou os ricos que são azarados.

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