quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Por ouro, brasileiro quer distância de adversários nos treinos

Nos últimos dias, diversas equipes de taekwondo que vão disputar os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara começaram o período de adaptação à altitude em San Luis Potosí, 1.860 m acima do nível do mar. Nas várias salas de treinamento, é comum ver equipes de países diferentes se preparando juntas. Experiente, aos 31 anos, o brasileiro Márcio Wenceslau, da categoria até 58 kg, quer distância dos adversários neste momento.


Medalha de prata após empate na luta final - o resultado foi definido pelos árbitros - no Pan de 2007, ele guarda suas técnicas para o momento oportuno, de competição. A medalha de ouro é a meta.
Nesta semana, a equipe brasileira chegou a treinar com mexicanos, porém, com uma equipe diferente da que vai disputar o Pan. Wenceslau diz que esse tipo de treinamento é importante por se tratarem de atletas de alto nível, mas quando o assunto é competição, só quer encontrar os adversários no dia da luta.



Na sala ao lado, competidores diretos participavam de uma sessão de treinamento conjunto. "A gente que é brasileiro, não concorda muito com isso porque nós preparamos determinadas técnicas para surpreender os outros atletas. Se eles perceberem isso, dificilmente a gente vai conseguir surpreender. Então, evitamos treinar com outros atletas para que eles não peguem o nosso macete. A gente só fica olhando eles treinarem e depois armamos algumas táticas para pegá-los", diz.
Wenceslau diz que o taekwondo depende muito da parte tática e a observação do adversário é fundamental.



"Quando você olha para um atleta, você vê qual é a perna dele preponderante, se é a direita, se é a esquerda. E dentro disso você vai criando a sua tática. Vê se ele é um atleta rápido, se é um atleta lento e você vai somando tudo isso", afirma.



O brasileiro diz que é importante também que os adversários não percebam as suas principais características e que por isso é necessário variar bastante os golpes. Ainda sentindo os primeiros efeitos da altitude, ele disse esperar que em uma semana esteja apto a fazer o seu melhor durante os Jogos.
"Todos estão sentindo muito. É a nossa primeira semana aqui e isso deu um baque na gente. Um minuto de luta a gente já tá colocando a língua para fora. É preciso chegar lá forte. Desta vez, meu objetivo é o ouro", diz.
 


FONTE SITE  terra.com.br

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